Na (A Suivre), toda a preto e branco, Jean-Paul Mougin, prometia dedicar as páginas ao “récit”, à narrativa, “sous toutes ses formes”. Não existe povo sem narrativas, e estas chamam-se mitos, lendas, história, romance, banda desenhada, escrevia o primeiro chefe de redacção da revista. Que contava com o nome de Etienne Robial, o genial designer gráfico da Métal Hurlant e cultor das letras em forma sólida e ampliada e do traço grosso, a negro, a separar os artigos e o enquadramento das colunas de texto.
O primeiro número da revista trazia o início da historieta de Tardi e Forest, Ici Même e ainda, entre outras, Corto Maltese, de Hugo Pratt, na aventura na Sibéria, onde aparece um certo Rasputine.
O último número da revista, foi em Dezembro de 1997, quase vinte anos depois. Nela se publicam várias historietas curtas de vários autores de bd. Um deles, Moebius,( que desenhava para a Métal Hurlant), desenhou estas oito páginas que seguem e que são uma parábola sobre o mundo pessoal da fantasia. Um mundo, onde um simples gesto muda um universo.
3 comentários:
Desde ontem que logo após o José publicar o post, vi estas imagens e me pergunto se elas vinham acompanhadas da história, ou só assim. Pergunto-me sabendo bem que não terei resposta, pois só a encontraria na Revista e é preciosidade a que não tenho acesso.
Fornecidas as imagens, eu poderia bem legendá-las com a história para a qual elas parecem transportar.
São encantadoras. E as cores e o grafismo fantásticos.
Estas imagens não têm legendas ou balões de dizeres.
Situam-se no universo da ficção científica em modo Moebius que explorou este filão até à exaustão nas obras que publicou depois de 1973.
A primeira vez que assim aconteceu, a historieta chamava-se Une Voyage en vacances, na revista Pilote, francesa, nº 688 de 11.1.1973 ( tal como apresentada num dos primeiros postais deste blog).
Desde então, a viagem nunca mais parou e Moebius, conta já com uns decénios de desenho.
Muito obrigada pelo esclarecimento.
No post de fevereiro de 2007 em que aparece a bd de Moebius , ao contrário do que sucede com estes desenhos, aparecem textos associados à história. Parece que o Autor fez uma pequena modificação de estilo.
Estas imagens são magníficas. Depois sempre permitem ao destinatário construir a sua própria história em torno delas.
É um modo sugestivo e simpático de contar uma história.
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Maria
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