domingo, 30 de dezembro de 2007

O salteador de cassetes perdidas

Nos apontamentos para cassetes, em meados dos setenta, ( 1976 ou 77) avulta um que serviu de referência a uma gravação de músicas dos Rolling Stones, dos primeiros discos, e ainda de Bob Dylan, também dos primeiros discos. O rascunho mostra os sucessivos apagamentos das gravações. Muitas músicas que agora apenas recordo, nomeadamente do punk de finais dos setenta, foram assim, cobertas em autêntico palimpsesto, por outras músicas mais suaves e de urgência perene. Estas dos Stones de de Dylan, nem rasto deixaram, a não ser nestas notas testemunhais. Idem para os Nitty Gritty e também para os The Who, cujo Quadrophenia mereceu audições atentas ao 5.15 e aos rolamentos da bateria de um maluco dos bombos: Keith Moon.

Juntamente com essas gravações, a lista dos álbuns mais passados nos programas de rádio da época, em modo integral, preenche várias folhas A5, por meses. Ficam os dos meses de Setembro, Outubro e Novembro de 76.




















E mais uma capa de cassete, numa ilustração aérea de uma águia, sobre os carros e o genesis, antes de Dylan, Chicago e Neil Young, entre outros numa das primeiras gravações, tiradas da aparelhagem hi-fi, circa 1982, registada desta vez numa Agfa Stereochrom de 90 minutos, mais seis para as precisões...


As cassetes de pirata

As cassetes, como meio de gravação de sons, serviram às mil maravilhas, para apanhar do rádio, as músicas que me interessavam. Em meados da década de setenta, comecei a gravar regularmente, num pequeno gravador Philipps, acoplado a um rádio Grundig, cassetes com músicas do rádio e particularmente, de alguns programas que então passavam até LP´s inteiros, sem restrições de direitos autorais.

Foi assim que formei o gosto auditivo, em programas de FM, como Dois Pontos, e espaço 3P , na Rádio Comercial, antes Programa 4 e antes ainda, Rádio Clube português.

As cassetes, serviam para regravar, sempre que determinada música já estava bem ouvida e a lassidão e falta de dinheiro para renovar o stock, obrigavam a gravar por cima do que já havia.
Nos anos oitenta, com uma aparelhagem de melhor qualidade, já foi possível gravar e ouvir em alta fidelidade, cingida às limitações da dinâmica das fitas em óxido de ferro ou dióxido de crómio ou ainda em puro metal, o supra-sumo da qualidade do meio.

Esta é uma das primeiras, que em 1979, serviu para gravar o LP Comuniqué, dos Dire Straits, depois de ter gravado alguns outros, nomeadamente os Nitty Gritty Dirt Band.

Num passo em frente na qualidade do suporte, apareceu a BASF, com as versões em Ferro de embalagem especial e uma de ferrocrómio, onde ficou gravado o LP branco dos Beatles



Assim, as melhores deixavam-se para os melhores discos. Por exemplo, nesta cassete de compilação de álbuns dos Steely Dan, no final dos anos oitenta, escolhi o máximo: Maxell MX, Metaxial

Noutras ocasiões, a mistura de géneros e sons, servia para a audição no carro, como estas que seguem dos anos noventa, ilustradas com imagens copiadas algures.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Há trinta anos atrás

Na minha lista dos dez mais de 1977, no capítulo de discos de música popular, publicados esse ano, a graduação elencava-se assim:


  1. Roy Harper- Bullinamingvase.
  2. Van Der Graaf- World Record
  3. Peter Gabriel- 1º a solo
  4. Jethro Tull- Songs from the wood
  5. Kinks- Sleepwalker
  6. Eagles- Hotel California ( do final de 1976, mas apenas ouvido em 1977)
  7. Stevie Wonder- Songs in the key of life ( idem)
  8. Crosby Stills & Nash- CSN
  9. Led Zeppelin ( nem sei que disco, provavelmente The song remains the same, de 1976)
  10. Frank Zappa- Zoot Allures ( do final de 1976, mas apenas ouvido em 1977)


E depois do teste do tempo de 30 anos:


  1. Steely Dan- aja ( ouvido integralmente só nos anos oitenta, por ocasião da audição do disco posterior, Gaucho, de 1980, numa descoberta sonora que não deixa indiferente quem der atenção ao detalhe e cuidado na produção. Um dos temas descobertos mais tarde, Here at the Western World, é da mesma época que Aja, e é um dos melhores temas dos Steely Dan. Saiu na colectânea, em caixa de 4 cd´s, Citizen, publicada em 1993)
  2. Jackson Browne- The Pretender ( Ouvido só no final dos anos oitenta. Antes contentava-me em ouvir o título-tema, na Rádio Popular de Vigo, uma emissora de grande mérito na divulgação de certos artistas, desconhecidos entre nós. Jackson Browne era um deles. Por ocasião da passagem do disco ao vivo, Running on empty, de finais de 1977 mas ouvido já em 1978, Jackson Browne tornou-se um artista obrigatório da música popular)
  3. Weather Report- Heavy Weather ( ouvido nos anos oitenta, com a descoberta do jazz-rock que começou com Stanley Clarke e Silly Putty - tema de Journey to love, de 1975)
  4. Fleetwood Mac- Rumours ( que contém Never Going Back Again, durante muito tempo a única canção que me obrigou a pegar na guitarra para aprender picking).
  5. ELO- Out of the blue ( o mais escutado na época. Tem duas ou três canções de antologia e de maravilha sonora)
  6. Neil Young- American Stars and Bars ( O mais estimado. Tenho uma gravação em cassete, na qual a canção Star of Bethleem engata com a versão de San Vicente, de Milton Nascimento, no disco ao vivo, de 1974, Milagre dos Peixes, num efeito perfeito).
  7. Doc & Merle Watson- Lonesome Road ( ouvido nos anos oitenta, por ocasião da audição dos discos do country americano de Doc Watson e que me levou a descobrir vários discos, entre os melhores do artista)
  8. James Taylor- JT ( Handing man é uma das canções de 77. Perfeita.)
  9. Kate & Anne McGarrigle- Dancer with Bruised Knees. ( ouvido apenas em finais dos anos oitenta, foi uma surpresa sonora que se seguiu a uma outra ainda mais espectacular- a do primeiro disco de 1975, ouvido na mesma altura)
  10. Roy Harper- Bullinamingvase ( durante muitos anos, até 1996, altura da publicação em cd, só ouvi a memória deste som que marcou o ano de 1977, com a composição One of theses days in England).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

os Ladinos

Não é só o Artur Pinto do Quinteto , no ié-ié, que pode contar a sua petite histoire sobre o uso dos tom tons e da tarola.
Nesta fotografia do Carnaval de 1971, o pequeno tocador de bombos, então com 14 anos, ajeitava-se como podia, para ler a letra da canção Wild World, original de Cat Stevens, mas com versão mais interessante de Jimmy Cliff, em papel apegado na pele do bombo. A prestação não deve ter sido famosa, mas o pequeno grupo dos Ladinos, nem sequer tinha som de retorno...

Livros de música

No âmbito da música popular, não se pode dizer que haja grandes livros ou ensaios sobre a sua essência estrutural, o significado das suas notas musicais mais agudas, ou a semântica dos graves mais profundos.
Para além do mais, em Portugal, há trinta anos nem havia assim tanta coisa escrita ou traduzida para português, sobre este assunto, predominantemente musical,mas também com forte cariz social.
A crítica de discos e músicas, em Portugal, foi sempre de qualidade inferior à música. Lá fora, na França, Inglaterra ou EUA, acontecia por vezes o contrário.

Em 1975, foi publicado por cá um livro da autoria de um certo Jorge Lima Barreto, autor de outras obras sobre música jazz, como Revolução do Jazz ou Grande Música Negra.
O livro, intitulado Rock/Trip, procurava uma ponte ideal entre os sons publicados e o onirismo induzido pelas substâncias de alucinação, ilícitas na sua maioria.
A obra procurava uma atenção ambiciosa, de cariz sociológico e tudo, com títulos de trechos como Lumpen-music; Cosmo-política; Aventuras psicadélicas; Parapsicologia da trip; O Reino Imaginário; Colagem e acto cósmico; Pop sincrético, etc, etc.
Porém, tirando os títulos, nas suas 222 páginas, pouco adianta na compreensao do fenómeno rock ligado às drogas. Frequentemente incompreensível, com laivos esotéricos no pior sentido, é um livro que não se recomenda, a não ser como documento de época.



Mais interessante, é um outro, que comprei em Dezembro de 1976, traduzido do alemão- O mundo da música pop, de Rolf-Ulrich Kaiser, do início dos anos setenta, com prefácio de Joaquim Fernandes ( um curioso prefácio, aliás). Foi publicado pela Livraria Paisagem, do Porto.
O livro, abalança-se a uma história resumida do rock, numa perspectiva um tanto ou quanto libertária, com referências constantes a Tuli Kupfberg e os Fugs e grande encómio a Frank Zappa ( "o conjunto mais popular da música pop, chama-se Mothers of Invention", por exemplo). Foi escrito numa época em que o rock parecia ainda estar vivo, como na primeira metade dos sessenta. É um livro de ilusão, portanto. Mas que mostra os truques.




Na sequência de livros com intuito histórico e didático, há um outro, dos franceses, Philippe Daufouy e Jean-Pierre Sarton, intitulado Pop Music/Rock, publicado em 1972 e que comprei também em Dezembro de 1976, publicado pela Regra do Jogo, em 1974.

Este livro, foi reeditado numa 2ª edição, em 1981, com um pósfácio de um pouco mais de uma centena de páginas, muito interessante, aliás, de Miguel Esteves Cardoso. Aí, o escrítico que tinha recolhido precisamente em livro, intitulado Escrítica Pop, as suas crónicas de jornal, repesca quase todos os discos da década de 70, em resenha crítica sumária.
O livro, no entanto, é um pouco mais interessante do que o do alemão, embora na mesma tonalidade. Um pouco mais esquesdista, separando a "indústria", do artista e apresentando o panorama de modo seco e sem edulcorantes encomiásticos, torna-se um bom referente de certa escrita dos sixties.

Para além destes, merece ainda destaque, o livro de Steve Chapple e Reebe Garofalo, Rock & Indústria , publicado em 1977 e traduzido em 1989 pela Caminho.
Este livro, assume uma escrita altamente crítica para com a indústria musical sendo dedicado a Phil Ochs, o cantautor esquerdista americano, já falecido.
Com referências constantes a publicações musicais, vale-se de números e estatísticas para apresentar o panorama da música rock desde o seu começo nos anos 50 até à actualidade da época. Com entrevistas a responsáveis pelas editoras e publicações, é um dos manuais essenciais à compreensao da evolução comercial da música rock e suas actividades paralelas. Com inúmeras citações, torna-se uma bíblia das referências rock e obra indispensável para compreender a génese do fenómeno na América, das grandes companhias discográficas e das pequenas que se tornaram grandes entretanto. Altamente recomendado, tal como a bibliografia, extensa e de amplitude máxima, embora de pendor esquerdista.





















Nenhum desses livros, porém, assume um carácter tão original e de escrita tão apelativa como Awopbopaloobopalopbamboom, de Nik Cohn, publicado em 1970 ou Mistery Train, de Greil Marcus, publicado em 1975.


sábado, 8 de dezembro de 2007

Os lá de fora



Nos anos sessenta e até setenta, em Portugal, valorizava-se muito o que vinha lá de fora, culturalmente.
Na música, então, era uma basbaquice completa, sempre que um qualquer grupo ou intérprete de renome mediático na tabela de vendas, aparecia por cá para um concerto desgarrado do habitual circuito internacional. Parece que na antiga União Soviética o fenómeno era pior: disputavam as calças de ganga de quem por lá aparecia, ido do "lado de cá", como bens de requintado luxo exótico.

Em 1970, um grupo belga, Wallace Collection, tinha já um êxito que por cá passou extensivamente na rádio: Daydream e a sucessão do refrão composto em lalalas, acompanhada dos rolamentos intensivos da secção rítmica, convencia de que se ouvia um som único. Na Primavera de 1970, o grupo esteve em Portugal e a revista Mundo da Canção, dedicou-lhe a capa e duas páginas.
A curiosidade da reportagem, assenta num pormenor também citado no blog do ié-ié, a propósito da guitarra portuguesa. Tal como Jimmy Page no final da década de oitenta, o elemento preponderante dos Wallace Collection, Van Holmen, na altura da estadia em Portugal, comprou uma guitarra portuguesa ( "não muito cara") e como comprovam as fotos, pelo menos dedilhou-a na altura...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Contar a sério, como foi.

A história da música portuguesa dos anos sessenta, aquém e além dos baladeiros, passa necessariamente por Pedro Osório. Ontem, foi com os académicos do Quinteto Académico, de 1967. Na pequena entrevista, Pedro Osório dizia: "Quem toca jazz, como nós, e como nós se preza de não o fazer mal, tem de achar pobre a substância musical do pop, tem de achar repetitivo, fácil."
Não terá sido por isso que o músico dedicou grande parte do seu esforço criativo, nos anos a seguir, a compor cançonetas de festival, uma das poucas formas de sobrevivência para quem se dizia músico.
Nas imagens que seguem, do Século Ilustrado de 9.3.1968, o cantor Carlos Mendes, "estudante de arquitectura e a cumprir o serviço militar", aparece ladeado pelas duas notáveis da época: Simone de Oliveira e Madalena Iglésias.





















As imagens referem-se a uma reportagem por ocasião da transmissão televisiva do V festival da canção, cujo vencedor, Carlos Mendes, com a canção Verão ( música de Pedro Osório), teve de competir com intérpretes como Mirene Cardinalli, Tonicha ( duas canções), Nicolau Breyner, J.M. Tudela, José Cid, Simone ( duas canções) e António Calvário.
Vale a pena ler as legendas das fotos, num ambiente "conta-me como foi". A tv no alto do palanquinho; os olhares oblíquos; a imagem a preto e branco da tv, onde se reconhece o trabalho do apresentador a contar votos expressos, vindos dos distritos do país e um retrato a sépia de espectadores atentos, num qualquer café de bairro, sem faltar o pormenor daquele que munido de apontamento de revista ( seria a Rádio & Televisão?), segue atentamente o evoluir das votações. Há várias pessoas de gravata, num café, à noite e a menção ao café, servido e acompanhado de três "bagaços". Bagaço assim, num café, hoje já não há.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Os reis do Yé, yé, yé!

A história do rock português, dos anos sessenta, prè-baladeiros, anda a ser contada por aqui e aqui e ainda aqui.
Não sendo desse tempo de meados dos anos sessenta, é com prazer que visito esses lugares onde se aprende. Aqui fica a minha pequena contribuição. Amanhã, há mais.




















Os reis do yé-yé? Eram estes. Com o Pedro Osório, à frente. ( curiosamente a falar agora mesmo na RTP2 sobre...cultura). Assina o artigo um tal F.B.S. que só pode ser ...Fernando Brederode dos Santos. Como?!






















sábado, 1 de dezembro de 2007

Creem de la crème

Na América do final dos anos sessenta e em toda a extensão da década seguinte, uma revista de divulgação musical, assumiu-se como a única revista de rock n´roll da América: a Creem.

Saída pela primeira vez em Março de 1969, a revista acabou no final dos anos oitenta.

Em Dezembro de 1976, comprei um dos números, não sei bem porquê. Eventualmente, pelo aspecto gráfico que tinha o seu quê de interessante e pelas publicidades aos discos que iam saindo. Não foi certamente pelos escritos de Lester Bangs, um dos melhores críticos rock e não foi pelo conteúdo, acentuadamente rock, com tudo o que este conceito, abarcava: sex, drugs, and rock n´roll, principalmente. E carros, com páginas dedicadas aos "carros das estrelas". A Rolling Stone, na mesma época, mostrava de vez em quando, as "aparelhagens sonoras das estrelas", numa variação muito mais interessante, mas seguramente menos espectacular. Alice Cooper, em Novembro de 1975, apresentava o seu Chevy Bel Air, colheita de 57. Três anos depois, os Ramones apresentavam a sua máquina: um Ford Pinto, todo escaqueirado. George Clinton, o campeão do funk, na época de 1978, posou ao lado de um camião...de recolha de lixo.

Nessa altura, a minha revista preferida, sobre música, era a Rolling Stone, seguida pela Rock & Folk.

A Creem, vinha de Detroit, a cidade dos carros. Tal como a Rolling Stone, que era de S. Francisco e dava atenção primordial aos grupos musicais da zona, como os Jefferson Airplane e Grateful Dead, assim a Creem, abria as suas páginas aos MC5 e aos Stooges, acabando por influenciar a crítica europeia, da Rock & Folk. Alguns críticos desta revista, como Phillipe Manoeuvre, deliravam com os escritos de Bangs. Este, acabou por recolher, em 2003, as prosas dos setenta, dispersas por várias publicações americanas, em Mainlines, Blood Feasts, and Bad Taste ( Anchor Books).

















Na foto da esquerda, em baixo, o grupo Aerosmith, afina as poses de palco, tendo pousado um exemplar de outro jornal de referência, novaiorquino, o Village Voice, criado , além do mais, por Norman Mailer. Ao lado, um artigo assinado por Lester Bangs, um dos mitos da crítica rock, reverenciado por Cameron Crowe, no filme Quase Famosos, sobre este período da música popular norte-americana. Um filme primoroso, com uma banda sonora de luxo e um argumento adequado.




domingo, 25 de novembro de 2007

Publicidade em movimento

Nos anúncios de revista dos anos setenta, em determinada altura começaram a aparecer anúncios mexidos, dando a impressão do movimento acelerado e esteticamente elaborado, para configurar um determinado cenário. Algumas dessas publicidades começaram com fotos para discos. Como o X dos Chicago, o que contém If you leave me now...ficando aqui a foto da dupla capa interior.



Nos anúncios a produtos como os primeiros computadores, ou a calçado de qualidade, em revistas como a Playboy.





















Ou nos anúncios da New Yorker, a televisões japonesas ou ainda a peças de teatro.























E a aparelhagem de som ou imagem. O conceito é o mesmo: movimento sugerido e virtual.


Pop alemã

Já os alemães, na mesma altura, publicavam posters e compravam os artigos ao Melody Maker inglês. Os posters eram bons. O papel de qualidade lustrosa e apelativa. Os artigos, ilegíveis. Como estes. Da Pop, da primeira metade da década de setenta.




















Boas Vibrações

Nos anos setenta, enquanto em Portugal se publicava o Disco, música & moda, a Mundo da Canção e mais tarde, a Música & Som,na vizinha Espanha, onde a peseta custava menos de metade de um escudo, publicava-se uma revista de música popular a sério e comparável com as europeias e até americanas: a Vibraciones.