quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Sonhos empedernidos

Em 1973, Guy Peellaert, e o jornalista inglês Nick Cohn, publicaram um livro com ilustrações de figuras da música popular e chamaram-lhe Rock Dreams. O livro, segundo um artigo na revista Crawdaddy de Julho de 1974, é uma recolha de centena e meia de quadros originais, organizados como montagens fotográficas, com tratamento a aerógrafo, publicados de modo avulso em publicações alemãs e que foram recolhidas em livro pela editora francesa Albin Michel, em 1973. A edição inglesa foi noticiada nos primeiros meses de 1974.

A imagem supra, do original de 1973 ( versão inglesa ou americana, provavelmente), foi retirada daqui.

Quase todas as imagens do livro, foram realizadas a areógrafo. Algumas delas, foram sendo republicadas nas revistas de música, como a Rock & Folk, francesa, que em Outubro de 1982, por ocasião da reedição do volume ( pela mesma editora Albin Michel) , esgotado há muito, dedicou oito páginas ao assunto, o que aliás já tinha feito com a edição original, no número de Novembro de 1973, a que até dedicou a capa.
Aqui ficam algumas imagens desse livro, tiradas da revista Rock & Folk de 1982:




















As imagens de Peellaert que ilustrou ainda capas de discos ( David Bowie e o LP Diamond Dogs, de 1975, além do apontado dos Stones), levaram a que o livro esgotasse, tendo sido novamente reeditado, em 2003, por ocasião da efeméride dos trinta anos, pelas edições Taschen.
As duas imagens seguintes, retratando alguns ícones do rock, incluindo o grupo Crosby Stills Nash & Young, ficam melhor aqui ( ou na revista de onde foram tiradas) do que no livro de Peellaert. A razão, tem a ver com a dimensão. No livro, a dimensão maior, retiram-lhe paradoxalmente, o efeito do pormenor e de enquadramento num fundo negro que é onde assentam bem.



As seguintes, de Jerry Lee Lewis e dos Stones, são avulsas e da mesma proveniência:





















A iconografia rock, aliás, permitiu a alguns artistas, a expressão de imagens como estas que seguem, de finais dos anos setenta e usando o mesmo método pictórico.

1 comentário:

MARIA disse...

Caro José,
Aqui estou de novo.
Hoje já vi tudo com muito mais atenção. É fascinante, mesmo, acredite. Eu facilmente me encanto com a beleza. E há uma estética muito original, de intensidade profunda nestes posts.
Eu tenho um pouco o espírito curioso da Alice, seguramente estou sempre a esgueirar-me para o mundo das maravilhas, onde toda a nova descoberta é um alucinante factor de conhecimento através do sonho, da estética.
Será, admito, porque às vezes este nosso mudo real é tão duro de enfrentar e para partir à guerra é sempre importante armar-se de esperança e de ilusão na possibilidade de que é possível concretizar os ideiais sonhados ...
Tudo muito lindo.
Generoso da sua parte partilhar tudo isto.
E a mim, nunca mais diz nada , mesmo ?
Não será apanágio dos grandes homens mudar , para melhor, uma posição antes tomada ?
Não se preocupe, falarei tanto sozinha que um dia nem que seja para me calar, vai falar-me...
Afinal, porque não? Já pensou ?...
Um beijinho
Boa noite, José.
Maria