A letra redonda e cheia, a negro ou delineadamente vazia, foi um dos tipos de letra mais apelativos, para a minha sensibilidade estética, desde sempre e sem conhecer a história do tipo Cooper, que foi coisa recente e de interesse investigado a preceito em biblioteca, mesmo a virtual.
Assim, no desenho de logotipo de título de revista, o tipo Cooper, serviu às mil maravilhas, para publicitar a francesa Salut les Copains, dos anos sessenta e que acompanhou a evolução da música pop, nesse tempo de misturas entre o rock e a pop, antes de os Beatles, publicarem Rubber Soul e Sgt Peppers e os Rolling Stones, Beggar´s Banquet e inventarem a língua de fora.
A revista Salut les Copains, saiu em primeiro número no ano de 1962, muito a tempo de acompanhar a doçura da voz de Françoise Hardy e dedicar-se, depois dos setenta, às inutilidades do pop francês.
Deixou contudo o tipo de Cooper que foi copiado a seguir, em 1966, pela Rock&Folk e em 1969 pela portuguesa Mundo da Canção e ainda pelo jornal da Madeira, O Comércio do Funchal, onde debutou Vicente Jorge Silva e escreveu o médico Ricardo França Jardim que chegou a assinar umas crónicas estupendas no Público dos noventa.
Serviu ainda, em 1966, para o título da prestigiada revista francesa Magazine Littéraire:
Ainda serviu para logo da Pop, revista alemã de posters e artigos incompreensíveis que saía no início dos anos setenta e se vendia por cá.
É um tipo cheio, apelativo e redondo, aperfeiçoado para a publicidade. E fica assim, nas revistas indicadas:Com aproximações evidentes ao estilo de Cooper, poderemos ainda ver as seguintes revistas americanas, dos anos setenta: a satírica National Lampoon e a primeira revista de crítica musical, popular, Crawdaddy.
Não obstante as revistas dos anos sessenta e setenta, ostentarem logotipos, com tipo Cooper, a verdade é que já no início do século, a revista das revistas americanas, onde colaborou Normal Rockwell, apelava ao tipo de Cooper e foi daí que sairam muitas inspirações tipográficas.
1 comentário:
Colecciona todas estas revistas ?
É absolutamente extraordinário. O quanto guardou da história cultural nestes últimos anos. São muito bonitas, além do mais.
Obrigada por publicar e partilhar.
É tudo muito fascinante, de verdade.
Um beijinho.
Maria
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