domingo, 30 de setembro de 2012

C.S.N.& Y 1972

Esta imagem da revista francesa Rock & Folk de Janeiro de 1972 mostra a discografia dos Cosby Stills Nash & Young, a solo e em grupo. Antes do lp Harvest, de Neil Young que sairia alguns meses depois mas já com Déjà Vu, um disco que continha Teach Your Children que me encantava ouvir, por causa da pedal steel guitar, no caso tocada por Jerry Garcia dos Grateful Dead.
Ainda hoje esse tema é um dos meus preferidos da música popular. O álbum a solo de Graham Nash ( autor de Teach your children), Songs for Beginners já lá figura e tinha Chicago, um tema que igualmente me encantava.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Músicas de 1972


No final do Verão de 1972 a música que me impressionava andava por aqui, por estas referências da imprensa da época: Mundo da Canção, particularmente o disco de Don McLean, American Pie, já por aqui citado. e as duas canções fundamentais desse disco, precisamente American Pie e Vincent, sobre Van Gogh.
Vindos do ano anterior ( revista Disco, música & moda, de Outubro de 1971) ainda sobravam ecos de músicas como Chicago, de Graham Nash e de duas que não ouvira na altura, apesar de ler nos hit parades que estavam nos tops: Reason to believe/Maggie Mae, de Rod Stewart e Uncle Albert/Admiral Halsey, de Paul e Linda McCartney.
Em finais de Julho de 1972, por motivos que suspeito estarem ligados ou à música dos Deep Purple ( figura da capa, com o baterista Ian Paice) na época a gozar o prestígio de Machine Head ( Highway Star e Smoke on the water e Never Before) ou  a outro motivo qualquer relacionado com o facto de o jornal ser graficamente bem feito, e com anúncios interessantes, comprei pela primeira vez o Disc, que custava então 9$00. Poderia ter sido a música de John Lennon The Luck of the irish, mas não naquela data porque o disco saiu em Junho desse ano e em finais de Julho provavelmente ainda não o teria ouvido por cá, uma vez que os discos então se atrasavam muito na passagem do Atlântico ou mesmo do Canal da Mancha. Por vezes demoravam meses e noutras vezes eram indivíduos carolas que vivendo nesses países ou viajando para lá, emprestavam aos radialistas de certos programas para os passarem. Sucedeu tal coisa com o disco dos Geneses, The Lamb lies down on Broadway, em 1974. E Bob Dylan, com Blood on the tracks, em 1975 ( o disco saiu originalmente em 17.1.1975 e um mês depois, em 18.2.75 passava pela primeira vez no Página Um da R.R.). Mas tal julgo que não sucedeu com The Luck of the irish uma melodia espantosa de Lennon que sempre me fascinou pela beleza musical, mas que terei ouvido ainda nesse ano de 1972 e depois descobri que o jornal Disc tinha feito nesse número uma recensão ao LP, Sometime in New York City, aliás considerado relativamente fraco na discografia daquele.
O jornal inspirara pelo menos no título, o outro, Disco, música & moda e talvez essa razão suplementar me levasse a gastar o dinheiro, no Verão de 72.
Nessa altura rodava nos gira-discos dos rádios o tema de Elton John, Rocket man, um single de Honky Chateau, saído em Maio e  que me lembra inevitavelmente esse ano.
Mas poderia também ser Song sung blue, de Neil Diamond. Ou Alone again ( naturally) de Gilbert O´Sullivan ou mesmo Conquistador, dos Procol Harum, ao vivo com orquestra em Edmonton. Ou ainda o tema Son of my Father do grupo Chicory Tip, uma música que começava com um ritmo sinterizado e apanhava o ouvinte numa melodia pop muito cativante. Ou também Without You de Nilsson, uma grande canção.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Jazz Rock explicado pela Rolling Stone em 1974

A música que se convencionou chamar jazz-rock, em 1974 não era das mais apelativas embora alguns músicos cujas obras gostava por lá andassem, muito por perto. Miles Davis, Chick Corea, Herbie Hancock ou mesmo Joe Zawinul pouco me diziam ao gosto musical, mas lia artigos nas revistas musicais sobre John Mclaughlin e Tony Williams e ficava com curiosidade em ouvir a sua música que era rara de passar no rádio da época, mesmo em programas de culto a altas horas da noite, como o Em Órbita ou o Espaço 3P, com a Boa Noite em FM orientado por Fernando Balsinha ou Jorge Lopes.
Só um par de anos mais tarde vim a descobrir a música de Stanley Clarke, Weather Report ou Keith Jarrett.

Em Agosto de 1974 a revista Rolling Stone publicou estas duas páginas que compendiavam esse género musical.

sábado, 1 de setembro de 2012

Posters, anos setenta

No início dos anos setenta tornaram-se moda os posters sobre quase tudo, mesmo política.
As revistas de música publicavam-nos para adolescentes comprarem e colocarem nas paredes de quartos e os jornais publicitavam-nos, como nesta contra capa do jornal inglês Disc, de 15 de Julho de 1972.
Já lá figurava um dos posters mais icónicos de sempre: o do guerrilheiro Che Guevara. Tive um, aliás ainda o tenho, com a foto a preto e fundo a vermelho que ocupou a parede durante o ano de 1975. 


Havia mesmo uma revista alemã- Pop- que fazia do poster o chamariz para vender.A dimensão muito generosa do artefacto, replicando oito vezes o tamanho da revista, equivalia por isso a oito folhas da mesma.
A POP teve o seu auge na primeira metade dos anos setenta, conforme se podem ver por estas capas e vendia-se por cá. O número com John Mayall na capa, de Novembro de 1971.