domingo, 7 de setembro de 2008

John Prine



Na música country de raiz norte-americana,  durante os anos setenta e oitenta, fui ouvindo e lendo coisas sobre os grupos e artistas mais importantes.  Por essa altura, julgava estar a par do essencial da música redneck de produção nashvilliana. Nem falhei o filme de Robert Altman, precisamente Nashville, de 1975, sobre a música country. 

Ainda assim, um dia, no início dos anos noventa, ouvi no rádio esta música. Foi uma das últimas surpresas que me sucederam nas audições radiofónicas, na música popular.
Um som deste jeito, parecia-me o de um Dylan fora de tempo. Em tom de balada, com uma guitarra e uma concertina pontual, em poucos acordes, e até monocórdico por vezes. 

Não descansei até saber de quem se tratava e de quem era aquela voz notável que nunca tinha ouvido antes.
E descobri depois que se chamava John Prine e o disco em causa, The Missing years. Uma grande surpresa, de facto, porque além daquela música, intitulada All the Best, também se podiam ouvir as restantes, quase todas de qualidade superior, como a inicial Picture show e ainda It´s a big ggofy world. outra de entoações dylaneanas. 

De John Prine, vim saber depois disso que os seus discos, já vinham dos anos setenta e oitenta.
E uma canção, Hello in There, uma belíssima elegia sobre a velhice na América, ( e em todo o lado) fazia parte do disco Diamonds and rust, de 1975, de Joan Baez, uma obra prima. 
E Grandpa was a carpenter, é outro grande tema da country, com inúmeras versões. E illegal smile, também.

 John Prine tem um estilo inconfundível. Até Norah Jones, o sabe...



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