segunda-feira, 8 de setembro de 2008

As doze cordas de Leo Kottke

Em meados dos anos setenta, dei conta de uma voz de barítono, com entoações country, a passar no rádio. O nome anunciado era Leo Kottke e o tema era esta música, Pamela Brown. Um tema original de Tom T. Hall, com um som ondulante e de guitarra de doze cordas, deslizante.

Nos programas de Jaime Fernandes, um dos maiores divulgadores de música popular que jamais tivemos, no canal 4 que sucedeu ao Rádio Clube, a música country, em determinada altura até logrou ter o seu programa dedicado, com uma ou duas horas, na altura do almoço. No início dos anos oitenta, o programa Dois Pontos, até se anunciava com um tema de Leo Kottke, Little Shoes, do disco Guitar Music , de 1981.

Um dos discos que passava frequentemente, era Mudlark, que saiu em 1971. E também Ice Water, de 1974.
Em 1976, por ocasião da saída de The Best, tive ocasião de ouvir algumas das músicas desses discos e de outros, como Greenhouse, Chewing Pine e Dreams and all that stuff.
Temas como When Shrimps learn to whistle, Mona Roy, Bill Cheatham e Hole in a Day, tornam essa compilação, em duplo cd, antes em duplo LP que cheguei a gravar em cassete, um repositório do melhor de Kottke até essa altura.

Uma das surpresas dessas audições, foi a progressão na doze cordas, de Last Steam Engine Train, mais uma música de combóios. E ouvir Leo Kottke dedilhar e cantar Eight Miles High, dos Byrds, ajudou a considerá-lo como um dos melhores guitarristas da música popular americana. A entoação dessa canção supera a dos Byrds.

Nos anos oitenta, os discos de Leo Kottke, sofisticaram-se a um modo que uma trilogia como A shout toward noon, de 1986 ( com A trout toward noon e Three quarter north) , Regards from Chuck Pink, de 1988( com I Yell at traffic e Doodles) e My Father´s Face, de 1989( com o título tema, e a segunda versão de Everybody Lies) tornam-nos imprescindíveis em qualquer discoteca que se preze.
Não segui a restante produção, até 2005, mas adivinho a restante meia dúzia de discos, dignos dos antecessores.

Sem comentários: