Flying Burrito Brothers e Gram Parsons
Em meados dos anos setenta, por cá, pouca gente ligava aos Flying Burrito Brothers.
Por isso, com enorme surpresa minha, um dia ( uma noite) num café de Coimbra, o Atenas, perto do liceu José Falcão, entra um castiço dos estudos gerais ( repetente crónico e com ar de boémio) e desata a falar dos Burrito Brothers, com ar de êxtase artificial.
A mim, cuja droga única que ingurgitei ou intrometi no organismo, fora o álcool com toda a moderação que uma cerveja ou outra contêm, fiquei deslumbrado por encontrar um tipo, uma única pessoa que se atrevia a falar dos Burrito, em público e para toda a gente apreciar. No caso, eu. E suspeito que mais ninguém.
O café era e é pequeno, de estudantes e de conversas sobre matérias incógnitas, mas com toda a certeza afastadas da música country rock. E por isso, ficou-me a memória desse castiça, charrado ou batido no álcool que anunciava a beleza etérea da música dos Flying Burrito Brothers, como eu apreciava e nunca mais deixei de apreciar, à medida que fui conhecendo os discos, nessa altura raros ou desconhecidos do público português.
Em 1974, a revista Rock & Folk introduziu-me na música dos FBB, através da escrita, como muitas vezes sucedeu. Antes de ouvir os discos, já sabia o que iria ouvir e até gostar. E não falhava.
Era uma maravilha, ler as crónicas de Philippe Garnier, na Rock & Folk de Abril de 1975, a primeira vez que o nome escrito dos FBB, me chamou a atenção, na crónica ao disco apócrifo Honky Tonk Heaven, uma compilação holandesa diferenciada de Close up the Honky Tonks.
Foi nessa crónica que pela primeira vez li, a referência a GP, Sweetheart of the rodeo, Palace of sin, Burrito deluxe e Last of the red hot Burritos, todos eles discos míticos que só me foram dados ouvir, alguns anos depois.
Bastantes, porque já na década seguinte.
No mês seguinte, a revista dava conta da chegada do “grupo lendário” a França, para participar em concertos em Paris, Bordéus e Marselha e em Julho, contava como foi o concerto “sem Gram”. Mas com foto de Gene Parsons e uma crítica assim-assim.
Ainda assim, esses primeiros encontros imediatos com a música dos FBB, na escrita da Rock & Folk marcaram os anos seguintes.
Em Fevereiro de 1976, um outro artigo de Philippe Garnier sobre Emmylou Harris, permitia entrever um pouco mais da música de Gram Parsons, com referências a G.P., álbum em que a mesma participou.
Na edição da revista de Junho desse ano, consagrada aos Rolling Stones, lá aparece a foto de Gram Parsons e um dos Glimmer Twins, de Junho de 1971, por altura da gravação do Lp dos Stones, Exile on Main Street, embora sem qualquer participação directa do músico nesse disco.
Porém, só em datas posteriores consegui ouvir os dois discos de Gram Parsons, GP e Grievous Angel, publicados originalmente em 73 e 74, este último já a título póstumo, uma vez que Gram Parsons morreu em Setembro de 1973, portanto há trinta e cinco anos.
Um disco anterior, gravado com os Flying Burrito Brothers, Sleepless Nights, foi publicado por cá nos anos oitenta e era a única obra de Parsons que conhecia até essa altura.
Depois, veio o Lp The Gilded Palace of sin, em LP, de 1969 , com os Flying Burrito Brothers e publicado por cá em data incerta pela Valentim de Carvalho. Tal como o Lp seguinte, de 1970, Burrito Deluxe, os dois únicos ( a par de Sleepless nights) que tiveram a presença constante de Gram Parsons, com o grupo.
Já nos anos setenta ( Lp original) e oitenta (LP em versão abreviada e sem diálogos de estúdio)) e noventa (CD, em 1994, após descoberta dos master originais), saiu o disco que contém uma gravação ao vivo, num estúdio de rádio em Nova Iorque, intitulado Gram Parsons and The Fallen Angels, live 1973, com a participação de Emmylou Harris. Bom disco, com uma grande gravação ao vivo, em forma e que Gram Parsons considerava como de boa qualidade.
Um dvd entretanto saído, Fallen Angel, retrato o destino trágico do músico.
Em meados dos anos setenta, por cá, pouca gente ligava aos Flying Burrito Brothers.
Por isso, com enorme surpresa minha, um dia ( uma noite) num café de Coimbra, o Atenas, perto do liceu José Falcão, entra um castiço dos estudos gerais ( repetente crónico e com ar de boémio) e desata a falar dos Burrito Brothers, com ar de êxtase artificial.
A mim, cuja droga única que ingurgitei ou intrometi no organismo, fora o álcool com toda a moderação que uma cerveja ou outra contêm, fiquei deslumbrado por encontrar um tipo, uma única pessoa que se atrevia a falar dos Burrito, em público e para toda a gente apreciar. No caso, eu. E suspeito que mais ninguém.
O café era e é pequeno, de estudantes e de conversas sobre matérias incógnitas, mas com toda a certeza afastadas da música country rock. E por isso, ficou-me a memória desse castiça, charrado ou batido no álcool que anunciava a beleza etérea da música dos Flying Burrito Brothers, como eu apreciava e nunca mais deixei de apreciar, à medida que fui conhecendo os discos, nessa altura raros ou desconhecidos do público português.
Em 1974, a revista Rock & Folk introduziu-me na música dos FBB, através da escrita, como muitas vezes sucedeu. Antes de ouvir os discos, já sabia o que iria ouvir e até gostar. E não falhava.
Era uma maravilha, ler as crónicas de Philippe Garnier, na Rock & Folk de Abril de 1975, a primeira vez que o nome escrito dos FBB, me chamou a atenção, na crónica ao disco apócrifo Honky Tonk Heaven, uma compilação holandesa diferenciada de Close up the Honky Tonks.
Foi nessa crónica que pela primeira vez li, a referência a GP, Sweetheart of the rodeo, Palace of sin, Burrito deluxe e Last of the red hot Burritos, todos eles discos míticos que só me foram dados ouvir, alguns anos depois.
Bastantes, porque já na década seguinte.
No mês seguinte, a revista dava conta da chegada do “grupo lendário” a França, para participar em concertos em Paris, Bordéus e Marselha e em Julho, contava como foi o concerto “sem Gram”. Mas com foto de Gene Parsons e uma crítica assim-assim.
Ainda assim, esses primeiros encontros imediatos com a música dos FBB, na escrita da Rock & Folk marcaram os anos seguintes.
Em Fevereiro de 1976, um outro artigo de Philippe Garnier sobre Emmylou Harris, permitia entrever um pouco mais da música de Gram Parsons, com referências a G.P., álbum em que a mesma participou.
Na edição da revista de Junho desse ano, consagrada aos Rolling Stones, lá aparece a foto de Gram Parsons e um dos Glimmer Twins, de Junho de 1971, por altura da gravação do Lp dos Stones, Exile on Main Street, embora sem qualquer participação directa do músico nesse disco.
Porém, só em datas posteriores consegui ouvir os dois discos de Gram Parsons, GP e Grievous Angel, publicados originalmente em 73 e 74, este último já a título póstumo, uma vez que Gram Parsons morreu em Setembro de 1973, portanto há trinta e cinco anos.
Um disco anterior, gravado com os Flying Burrito Brothers, Sleepless Nights, foi publicado por cá nos anos oitenta e era a única obra de Parsons que conhecia até essa altura.
Depois, veio o Lp The Gilded Palace of sin, em LP, de 1969 , com os Flying Burrito Brothers e publicado por cá em data incerta pela Valentim de Carvalho. Tal como o Lp seguinte, de 1970, Burrito Deluxe, os dois únicos ( a par de Sleepless nights) que tiveram a presença constante de Gram Parsons, com o grupo.
Já nos anos setenta ( Lp original) e oitenta (LP em versão abreviada e sem diálogos de estúdio)) e noventa (CD, em 1994, após descoberta dos master originais), saiu o disco que contém uma gravação ao vivo, num estúdio de rádio em Nova Iorque, intitulado Gram Parsons and The Fallen Angels, live 1973, com a participação de Emmylou Harris. Bom disco, com uma grande gravação ao vivo, em forma e que Gram Parsons considerava como de boa qualidade.
Um dvd entretanto saído, Fallen Angel, retrato o destino trágico do músico.
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