No início dos anos setenta dei conta de que havia mais livros nas livrarias do que aqueles que poderia ler e muito menos comprar, embora muitos me fascinassem pelo aspecto gráfico e pelo conteúdo que prometiam. As montras das livrarias de Braga ( a Livraria Cruz e uma outra na rua do Souto) eram um fascínio para mim.
Como não podia ter muitos livros arranjei um sucedâneo: ter os catálogos das livrarias para verificar o que havia e me interessava. Por isso mesmo comecei a escrever às lvrarias conhecidas de então e pedia-lhes para me enviarem catálogos. E a maioria não se fez rogada e lá foi mandando, ao longo dos anos.
A Europa-América e a Bertrand eram relógios suíços a publicar catálogos e lá os fui coleccionando. A Bertrand, além dos catálogos, enviava aquilo que hoje em dia se chama newsletter- folhetos mensais ou trimestrais com as novidades a assinalar. Alguns desses exemplares de início dos anos setenta aí ficam na imagem.
Julgo que o primeiro catálogo que pedi foi à União Gráfica (segunda imagem à direita, com cor verde alface e preto) que pertencia ao grupo da Renascença, ou seja ao Apostolado. E o da editorial Aster, na imagem acima foi obtido em Junho de 1969. Tinha então 12 anos. Um dos livros da Aster que me interessavam, vá-se lá saber porquê ( e que nunca tive, aliás) era Paideia de Werner Jaeger, um helenista que provavelmente era ensinado na Universidade portuguesa. Ainda será?
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