domingo, 25 de abril de 2010

Steely Dan e Gaucho

O disco em análise na Hi.Fi News com data de Maio de 2010 é o Gaucho dos Steely Dan, um disco originalmente publicado em finais de 1980 e que a revista, como habitualmente, analisa na suas várias versões gravadas, em LP e cd e mesmo, no caso os formatos japoneses, em prensagens de meia-velocidade.
A conclusão da revista é a de que as primeiras prensagens do LP original, são as melhores em termos sonoros, comparáveis inclusivé, às prensagens posteriores em modo audiófilo ( em 1981) pela MCA.
Em cd, cuja primeira edição surgiu em 1984, a melhor versão será a do SACD de 2003 ou a do cd misturado por Elliot Schneider para a DTS, em 1997.


Por causa destas dúvidas sonoras, ao longo dos anos fui procurando o nirvana sonoro que sabia existir no disco Gaucho, gravado com produção de Gary Katz.
Já dei conta neste blog da apreciação crítica a este disco particular dos Steely Dan e do tema particular que me chamou então a atenção quando o disco saiu e era reproduzido no rádio Popular de Vigo, em emissões consagradas ao novo formato digital do cd: Third World Man. Por causa desse tema vim a conhecer todos os demais discos dos Steely Dan e alguns melhores que Gaucho ( Pretzel Logic, de 1974, por exemplo).
Assim, o primeiro LP que arranjei foi no El Corte Inglès de Vigo, em prensagem espanhola, tal como os outros Lp´s do grupo. O som não é mau, mas é menos que perfeito e não tinha as letras das canções na capa interior, o que não acontecia com o LP original, como vim a saber depois. Para descobrir os músicos que tocavam, entre os quais Mark Knopfler num tema ( Time out of mind) foi preciso aguardar meses de pesquisa avulsa.
Anos mais tarde, já nos anos noventa, apareceu a versão do disco em importação da Valentim de Carvalho da prensagem alemã da Warner, à semelhança de muitos outros discos então importados a preços mais baixos que os habituais. A capa desse disco era de qualidade gráfica superior à espanhola ( o que nem era preciso muito porque era algo descolorida e anémica) e além disso tinha as letras das canções impressas na capa interior fina, mas com os músicos todos em evidência. Para este grupo é sempre importante conhecer os músicos que tocam nos discos.
Durante anos foi com estes dois LP´s que referenciei o som dos cd´s que entretanto também arranjei. Primeiro, o cd original de 1984 e depois um outro da Mobile Fidelity, em original Master Recording que se fazia pagar mais do dobro do cd normal. O som melhorado em relação ao primeiro cd, ainda não satisfazia inteiramente e por isso logo que saiu a versão em cd, em 2003, experimentei também, quase me convencendo que estava aí a versão definitiva. Mas não.

Por ler a crítica da HI-Fi news, arranjei agora no ebay, o LP original, em prensagem USA. E de facto é outra coisa e o melhor de todos, cd´s incluidos.

É este o som de Gaucho que prefiro e que admiro e que não me canso de escutar. E esta é uma das experiências mais satisfatórias que pode haver: descobrir realmente esse nirvana sonoro que sabemos existir.



LP original, seguido da prensagem espanhola e da alemã.


Cd original de 1984, seguido da versão da Mobile Fidelity de 1991 e da versão em SACD de 2003, com o anúncio ao LP publicado na Rolling Stone de Janeiro de 1981, na capa que traz John Lennon e Yoko Ono abraçados, numa fotografia célebre de Annie Leibowitz e publicada já depois da morte daquele. Ainda a revista Musician de Março de 1981 com uma entrevista extensa aos dois mentores do grupo, Donald Fagen e Walter Becker, na qual confessam vários plágios na música que fizeram.
A seguir, a comprovação de um deles...

Sem comentários: