segunda-feira, 12 de abril de 2010

Die wahre sache




É este o disco da versão da Deutsche Messe , d872, de Schubert, que procurava. Um pequeno LP ( de dimensão inferior aos demais), com pouco mais de 30 minutos de duração, gravado em 1959, pela Orquestra Filarmónica de Berlim, sob a direcção de Karl Forster ( 1904-1963).

O disco é uma pequena maravilha sonora, mesmo que a fidelidade não seja da mais elevada que é possível escutar ( a gravação stereo é de 1959). E foi um suíço quem mo vendeu, a quem além do mais fico obrigado porque me permite agora escutar, em cassete, porque a gravação analógica é outra coisa bem mais equilibrada que a digital.
A versão actualizada poderá ser esta.


7 comentários:

MARIA disse...

É maravilhoso, muito , muito bonito.
Assim lhe desejo uma boa noite :
http://www.youtube.com/watch?v=9qDe_W3e7eM

Obrigada por tudo o que aqui partilha e que tanto enriquece os que por aqui vão passando.

Picaba49 disse...

Estarei a perceber bem? A Missa Alemã tem o número D.621 a que por vezes é acoplado o epílogo A Oração do Senhor o qual tem o nº D.872. Ou será ao conjunto da Missa com esse epílogo que se refere a referência D.872? Para quem não está por dentro destas coisas, pode ser confuso. Seja como for, o indicativo do Em órbita era então Schlussgesang, o 8º andamento da Missa.

josé disse...

Picaba49:

A Deutsche Messe tem a referência d872.

Schubert compôs dois serviços religiosos em alemão: um Requiem para um quarteto vocal e órgão e a Missa alemã sobre um texto de Johan Phlip Neuman. A tal que tem a referência d872 que é relativamente recente, segundo julgo.

O disco que comprei a um suíço e que fotografei para o postal não tem qualquer referência ( basta clicar na imagem para ampliar e ler). Tal como nem tem o ano de gravação.

No cd da EMI que reune obras de Shubert, a Deutsche Trauermesse que aí vem tem a referência d621, para coro misto e instrumentos de sopro ( sem os sons de flauta e trompete).

A gravação segundo a EMI tem a referência de 1960 e 1962, com rematrização digital de 1998 e direitos da Capitol Records & Emi Electrola GmbH.

Penso por isso que se trata da mesma obra, ou seja, a d872, a tal missa alemã.

Mas não tenho a certeza e não fui verificar a não ser o libreto que acompanha o cd.

No entanto, o importante é dizer que é este o disco que serviu para a apresentação do Em Órbita nos anos setenta e oitenta.

Foi já nesta época que ouvi o Em Órbita apresentado por...João David Nunes.

Ouvi tantas vezes que fiquei com a memória certa sobre o indicativo do programa. Só não sabia qual a versão e perguntei a especialistas que me elucidaram aos poucos.
Depois fui ao ebay e arrisquei. Consegui encontrar o que queria e sinto-me feliz por isso, agradecendo ao suíço que mo vendeu por meia dúzia de euros a generosidade em colocar à venda o que já não lhe interessava e a mim fazia-me um jeito enorme.
Uma alegria imensa.

Quanto ao Em Órbita, para a semana, se Deus quiser, vou escrever um postal sobre o programa em que direi o que escutava e como escutava.

Obrigado pelo comentário.

Picaba49 disse...

Obrigado pela informação. Mas peço-lhe ainda uma confirmação. O conteúdo do pequeno LP (julgo que são habitualmente referidos como de 10 polegadas por oposição aos de 12 polegadas que se viriam a tornar o standard) é o mesmo que o das faixas 7 a 14 do CD1 da caixa da EMI? E o indicativo do Em Órbita é a faixa 14 do referido CD? Estou a ouvi-la e parece-me que é mas, como disse, não era um ouvinte fiel nessa altura e não tenho uma memória auditiva comparável à sua.

josé disse...

O pequeno LP ( não coloquei um maior ao lado, para comparar visualmente, mas vou fazê-lo porque foi uma surpresa quando o recebi uma vez que nunca tinha visto tal coisa), tem 9 temas (aliás visíveis se clicar na imagem) e o último é Das Gebet des Herren que não aparece no cd1 da caixa da EMI.

No entanto, a faixa 14 desse cd é exactamente a mesma que o tema oitavo do LP, ou seja o Schlussgesang. E é esse o indicativo do Em Órbita que me lembro porque é mais lento, compassado e mais belo absolutamente do que todos os outros que indiquei ( e julgo que haverá poucos mais).

O som no entanto é diferente no ce e no LP como tenho escrito por aqui.
Prefiro de longe o som do LP de 1959, apesar de menos definido e com menos impacto auditivo. O cd é um meio de reprodução musical que puxa pelo som de modo que não me parece tão natural que o LP. Já fiz várias comparações, inclusivé com um disco fétiche que tenho por aqui e sobre o qual vou escrever a seguir- Gaucho dos Steely Dan.

josé disse...

Esta missa alemã, de Schubert tem-me acompanhado nos últimos dias e ouço-a repetidamente. Deito-me ao som dessa música que gravei num pequeno Walkman Sony dc6 Pro ( um dos melhores gravadores de cassete que conheço)e aprecio o som analógico e a fluidez sonora e suave do coro de Sª Edviges da catedral de Berlim em finais dos anos sessenta.

Uma pequena maravilha. Um luxo.

josé disse...

Isso não obsta a que esteja a gravar o disco para o computador em wav e na frequência de 24 bits/96000Hz, superior ao que os cd´s podem oferecer ao ouvinte.

O problema é apenas o DAC, o conversor digital/ analógico que e um da Sound Blaster e com ligações audio analógicas e que contaminam o som através do amplificador a que está ligado. Mas ainda assim fico com a gravação digital nessa resolução superior ao cd.