Era quase uma experiência mística, ouvir o Still Life e quando chegava a vez de My Room, a abrir o lado dois do LP, o nirvana sonoro era alcançado numa fusão com uma letra imaginária que me recolhia no meu quarto. A melodia simples, fraseada no saxofone tenor, acompanhada pela secção rítmica e vocalizada por Peter Hammill tornam esta composição uma das que me ficou sempre no ouvido. A composição final, Childlike faith in childhood´s end, então era o culminar absoluto da experiência sonora que este disco representa.
O disco apareceu nos escaparates das discotecas e rapidamente se tornou um dos que gostaria de ter como disco de culto.
A capa tinha aparecido antes na Rock & Folk de Junho de 76, a preto e branco, juntamente com a crítica de Jean-Marc Bailleux e apontei os temas que apanhei posteriormente em qualquer referência avulsa, eventualmente no próprio disco, bem como a cor da capa ( "tom acastanhado").
Nos anos oitenta comprei finalmente o LP em prensagem alemã, ligeiramente diferente da original, pois contém a indicação da duração das faixas e o disco é da Charisma e da Virgin. A original ainda tem o lettering da capa em tonalidade e recorte diferentes. Não obstante, em termos de qualidade sonora, parece que essa prensagem alemã é a melhor de todas.
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