Há discos que fui ouvindo muito tempo depois de terem saído. Por vezes anos , como no caso dos discos do Grateful Dead, Little Feat ou até mesmo os dos Beatles. Discos que nunca ouvi, como o Silk Torpedo dos Pretty Things. Discos que ouvi na época em que saíram como foram quase todos os importantes na segunda metade da década de setenta. E discos que "ouvi" mesmo antes de terem saído, por ouvir falar deles e ler o que sobre eles se escrevia.
The Lamb lies down on Broadway, dos Genesis, é um deles. Saído em finais de 1974, antes da sua publicação já se falava no disco. E no rádio de então, num dia de inverno desse ano, num programa que já nem recordo mas com a participação de um dos entusiastas que animavam por vezes os programas, salvo o erro, João Filipe Barbosa ( julgo mesmo que não erro) apresentou um disco-mistério que incitava os ouvintes, logo nos primeiros compassos a adivinhar de quem se tratava...
Lembro-me que ao ouvir os primeiros sons do piano do tema inicial e que dá título ao disco, ocorreu-me que era o novo disco dos Genesis. E tendo acertado, ouvi religiosamente os restantes temas, comentados pelo convidado que apresentava o duplo LP que trouxera "lá de fora". Fiquei logo fascinado com o disco que tem alguns "hits" como "carpet crawlers" ou "counting out time".
Só algum tempo depois, na Rock & Folk de Janeiro de 1975 que chegava por cá semanas depois, li a crítica de François Ducray ao disco, mas nessa altura, ao contrário de outras já me considerava um expert na análise temática do disco que segundo aquele João Filipe Barbosa carecia de várias audições atentas para se extrair toda a essência semiótica dos temas.
A imagem supra é a do disco original, em LP. Há uns anos foi publicado em cd, rematrizado, mas a versão em sacd que nunca escutei e deve ser de muito boa feitura porque a do LP que se segue ( A trick of the tail, do início de 1976) em versão sacd é simplesmente espantosa e superior eventualmente à do LP que também tenho.
Depois desse Lp, no ano de 1975 no Verão quente da nossa democracia, os Genesis estiveram no pavilhão de Cascais para um concerto memorável a vários títulos. Na altura, o Expresso deu-lhe a suprema honra de uma pequena notícia, nas páginas de espectáculos, num artigo de algumas dezenas de palavras assinadas por Pedro Pyrrait. Tempos outros.
The Lamb lies down on Broadway, dos Genesis, é um deles. Saído em finais de 1974, antes da sua publicação já se falava no disco. E no rádio de então, num dia de inverno desse ano, num programa que já nem recordo mas com a participação de um dos entusiastas que animavam por vezes os programas, salvo o erro, João Filipe Barbosa ( julgo mesmo que não erro) apresentou um disco-mistério que incitava os ouvintes, logo nos primeiros compassos a adivinhar de quem se tratava...
Lembro-me que ao ouvir os primeiros sons do piano do tema inicial e que dá título ao disco, ocorreu-me que era o novo disco dos Genesis. E tendo acertado, ouvi religiosamente os restantes temas, comentados pelo convidado que apresentava o duplo LP que trouxera "lá de fora". Fiquei logo fascinado com o disco que tem alguns "hits" como "carpet crawlers" ou "counting out time".
Só algum tempo depois, na Rock & Folk de Janeiro de 1975 que chegava por cá semanas depois, li a crítica de François Ducray ao disco, mas nessa altura, ao contrário de outras já me considerava um expert na análise temática do disco que segundo aquele João Filipe Barbosa carecia de várias audições atentas para se extrair toda a essência semiótica dos temas.
A imagem supra é a do disco original, em LP. Há uns anos foi publicado em cd, rematrizado, mas a versão em sacd que nunca escutei e deve ser de muito boa feitura porque a do LP que se segue ( A trick of the tail, do início de 1976) em versão sacd é simplesmente espantosa e superior eventualmente à do LP que também tenho.
Depois desse Lp, no ano de 1975 no Verão quente da nossa democracia, os Genesis estiveram no pavilhão de Cascais para um concerto memorável a vários títulos. Na altura, o Expresso deu-lhe a suprema honra de uma pequena notícia, nas páginas de espectáculos, num artigo de algumas dezenas de palavras assinadas por Pedro Pyrrait. Tempos outros.
2 comentários:
Para mim, um dos melhores discos de sempre.
O do posto anterior também é muito bom.
Uma obra conceptual, de "se tirar o chapéu".
Não os vi, pois era um miúdo, mas menos mal que consegui arranjar uma revista, O Cais (sim, essa mesma que é vendida por pessoal na rua), em uma edição especial (já deste século) inteiramente dedicada à vinda dos Genesis ao Dramático, com imagens e textos do que eles fizeram enquanto cá estiveram.
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