Durante o ano de 1973, no rádio de FM, na mesma altura em que passava música dos Secos & Molhados, um grupo brasileiro, inovador na pop/rock, com nome crismado por um português de Ponte de Lima: João Ricardo, começou a ouvir-se a sonoridade de outro brasileiro, de nome Raul Seixas.
O single evidente, Ouro de Tolo, era uma récita de um encontro improvável de segundo grau, com um fenómeno de então, o dos discos voadores, e de um leve surrealismo na linguagem poética, a lembrar o português O´Neill.
Essa música, de ascendência pop anglo-saxónica, como aliás todas as músicas do disco onde saiu originariamente - Krig-ha, bandolo!- era um lenitivo rítimico, com letra surreal e apelativa. E marcou durante décadas, nesse ano de 1973, com o baixo compassado e a rítmica ao sabor das palavras e secção de cordas, como um dos melhores singles de sempre, para o meu gosto.
O disco, já conhecido em mp3, comprei-o hoje em cd. Na mesma rima da estante da FNAC, outros discos do mesmo autor, todos de qualidade idêntica. As músicas do disco, são todas para ouvir, particularmente a que abre o lado um: Mosca na sopa, que também passava na rádio de então e de ritmo afro-brasileiro. E o rock Al Capone, também merece audição.
A imagem esotérica de Raul Seixas, encontrou eco num outro autor brasileiro de sucesso na escrita: Paulo Coelho. Ainda assim, a música suplanta em muito a temática, por vezes obnóxia do cantor falecido, há uns anos.
O single evidente, Ouro de Tolo, era uma récita de um encontro improvável de segundo grau, com um fenómeno de então, o dos discos voadores, e de um leve surrealismo na linguagem poética, a lembrar o português O´Neill.
Essa música, de ascendência pop anglo-saxónica, como aliás todas as músicas do disco onde saiu originariamente - Krig-ha, bandolo!- era um lenitivo rítimico, com letra surreal e apelativa. E marcou durante décadas, nesse ano de 1973, com o baixo compassado e a rítmica ao sabor das palavras e secção de cordas, como um dos melhores singles de sempre, para o meu gosto.
O disco, já conhecido em mp3, comprei-o hoje em cd. Na mesma rima da estante da FNAC, outros discos do mesmo autor, todos de qualidade idêntica. As músicas do disco, são todas para ouvir, particularmente a que abre o lado um: Mosca na sopa, que também passava na rádio de então e de ritmo afro-brasileiro. E o rock Al Capone, também merece audição.
A imagem esotérica de Raul Seixas, encontrou eco num outro autor brasileiro de sucesso na escrita: Paulo Coelho. Ainda assim, a música suplanta em muito a temática, por vezes obnóxia do cantor falecido, há uns anos.
2 comentários:
Sei que é a despropósito deste post mas vem na sequência do meu comentário anterior.
Já encontrei a capa do tal EP.
Se passar pelo meu tasco, agradeço a visita.
Uma delícia este post.
Nunca poderia imaginar dizer isto algum dia, mas este post tornou-o possível : adorei a mosca que pousou na sopa.
Não porque era mosca, bichinho com o qual não simpatizo particularmente e que bem podia passar a libelinha, borboleta ou outro mais simpático, mas porque a sopa era de excelente qualidade rítmica, desarmante, surpreendente!
Com estas características, tinha que ser sua ...
Um beijinho
Maria
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