A capa de Rejoicing, redescobri agora, tem a particularidade de um acrescento pessoal, no desenho.
Os primeiros sons de Pat Metheny que ouvi, foram na rádio. Em finais dos setenta. Nessa altura, um programa de rádio, apresentado por António Macedo, ( hoje na Antena1), apresentava-se com um tema de Pat Metheny que adorava ouvir. Em toada estugada, de guitarra acústica, seguida de outra eléctrica, a introdução do programa despertou-me para a música de Pat Metheny. O disco que me chamou a atenção, no entanto, não era aquele em que tal tema aparecia. Mas como não tinha meio de o saber, acabei por comprar, em 1981 ou 82, o disco As falls Wichita, So falls Wichita Falls que não afinal não tinha o tema, mas tinha outros que ainda me causaram maior admiração e um título que me recomendava o interior da paisagem americana, dos fios e postes de telefone, com estética alemã, incluindo as letras, da editora ECM de Manfred Eicher.
A segunda tentativa, também não surtiu efeito. Mandei vir de França, American Garage, um disco de 79, com outras composições, mas não a tal.
Só depois disso, descobri que o tema se chama New Chautauqua, do disco homónimo de 1979.
Nessa altura, já estava calhado para ouvir a música de Pat Metheny, dos discos seguintes, incluindo Rejoicing, de 1984 e que se inclui no jazz mais tradicional de improvisação, tal como Song X, de 1986. Ainda assim, fui atrás dos outros, da década de setenta: Bright size life, de 1976 e Watercolors de
Em 1982, Offramp, igualava a beleza de As Falls Wichita e o disco Travels, de 1983, ao vivo, retomava os temas de valor, incluindo alguns não escutados, de discos de grupo ( com Lyle Mays, o teclista de relevo sonoro).
Na Páscoa de 1984, ofereci-me First Circle, um dos melhores discos que conheço e que me deu horas de prazer sonoro, do primeiro ao último tema. First Circle, ( aqui numa versão You Tube)
é uma pequena maravilha sonora, depois das palmas iniciais e com o contraponto do vibrafone à guitarra, a antecipar a percussão e a progressão harmónica que é marca de Metheny. Uma sonoridade única e que lembra o Brasil dos tempos melhores de Hermeto Pascoal.
Em 1986, Still Life (talking), incluía Last train home ( aqui numa versão próxima do disco, do You Tube) um dos temas de sempre de Metheny, a par de Are you going wit me ( Offramp). A guitarra estugada, com mistura de teclados de Lyle Mays, vibraphone pontual e percussão certa de Armando Marçal, incluindo as vocalizações deste último, são uma paisagem sonoro que nenhum cliché escrito conseguirá reproduzir.
Em 1992, com Secret Story, que inclui o belíssimo Facing West ( aqui numa versão You Tube e ainda noutra, mais limpa)já em cd, deixei de acompanhar a história musical de Pat Metheny. Parece que foi ontem, mas lá vão mais de 15 anos…
Entretanto comprei First Circle em cd, a pensar que ultrapassaria o som do LP, em qualidade técnica. Não ultrapassou.
3 comentários:
Caro José,
Não resisti e fui à abertura da feira do chocolate de Óbidos. ( Admito, sou uma incorrigível namorada do chocolate )
Quando regressei, ocorreu-me passar aqui pela sua Esquina e em boa hora.
Adorei conhecer e rever as músicas e a história de Pat Metheny.
Sei que está sempre por aqui o registo, mas procuro guardar em lugar seguro e muito especial para mim tudo o que neste seu espaço vou apreendendo e enriquecendo em cultura musical.
Muito obrigado.
A si também o guardo em lugar muito especial .
Desejo-lhe um feliz fim de semana que já se avizinha, graças a Deus e a "dó" da minha constipação...
Um beijinho amigo
Maria
Chocolate? Deu-me uma ideia.Musical.
É para depois.
Que bom, fico à espera da ideia doce-musical.
Um beijinho amigo
Maria
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