O modo de reproduzir som em alta fidelidade sempre me interessou. Em 1976 comprei o número especial da revista Science & Vie que trazia um artigo desenvolvido sobre as noções básicas sobre o som e que ainda hoje me serve de referência.Gravar música em boas condições e em alta fidelidade tornou-se um hobby que perdura ao longo dos anos.
Desde o gravador de cassetes, em monofonia, ( mas que pouco importava porque o som do rádio também o era) da Phillips, que me serviu durante todos os anos setenta até aos exemplares acima mostrados passaram os anos mas não a música gravada e o interesse em reproduzi-la de um modo aperfeiçoado e a preço razoável.
Assim, na imagem, à esquerda está o leitor-gravador portátil de cassetesda Sony, um Walkman que pode ser considerado o Rolls Royce do produto que saiu nos anos oitenta e acabou há pouco de ser fabricado. É um pequeno gravador extraordinário, com um som incomparável, no género. Quase não se diferencia dos gravadores de mesa, mas também custava o mesmo que eles...
Ao seu lado reproduz- se a imagem de outra pequena maravilha da era digital em que nos encontramos. O pequeno gravador digital da Roland saiu o ano passado, nesta versão, e consegue gravar em frequências que superam a do cd: 24bits a 96000 Hz, ou seja, a qualidade do dvd-audio. É neste momento o que uso para gravar digitalmente os meus LP´s de preferência e o som que de lá sai quase nem se distingue do dos LP´s originais, o que perfaz o meu interesse em alcançar esse nirvano sonoro que só conhece quem já o experimentou.
O pequeno gravador portátil da Roland é complementado com outra pequena maravilha, o Fiio, um conversor digital-analógico portátil que se acopla ( até tem uma pequena borracha para o efeito) e destinado à ligação a auscultadores, funcionando como um pequeno amplificador que assegura uma reprodução mais perfeita daquelas frequências sonoras mais elevadas.
Finalmente, na era digital consegui encontrar o equivalente ao Lp e ao som que lá fica gravado.
Maravilha!
8 comentários:
Eu encontrei recentemente o equivalente ao LP, ou superior na maioria dos pratos que as pessoas realmente têm: o SACD. É um formato que nunca se impôs, mas agora que tenho o Arcam DV139 e alguns SACD, é uma qualidade sonora que ainda não tinha atingido antes. E nem se compara com o CD. Tem toda a envolvência e suavidade sonora de um bom vinil, sem as desvantagens. -- JRF
Pois eu também julgava que assim iria ser, mas depois de comparar, concluo que ainda prefiro os velhos Lp´s, mesmo quando a dinâmica lhes falha, por deficiência de fabrico.
E a gravação em 24/96 KhZ, precisamente a correspondente à dos SACD, dá um acrescento real ao som do vinil, não sei porquê.
Entre os SACD e o DV-Audio, ainda considero que este último formato é melhor, mas posso estar enganado, porque alguns SACD são meras transposições da matriz do cd.
Os discos de Bob Dylan em SACD que sairam há alguns anos são bons, mas comparando o som do BLood on the tracks em LP e SACD considero que o Lp é melhor.
Ora bem... a minha opinião é baseada em meia-dúzia de SACD... não é por assim dizer, muito aturada. Do que ouço, gosto muito.
Mas os LPs, principalmente os actuais, têm uma qualidade pasmante... infelizmente ainda não fiz o upgrade que desejo ao prato, suponho que ainda posso subir vários furos sonoros.
Mas isto tem de ir aos poucos, mas ando satisfeito.
(Não percebi a primeira parte, mudou de opinião relativamente ao artigo e o LP continua rei? Dizia que já não encontrava diferença...) -- JRF
Os lp`S são a referência e o som dos mesmos é que serve para a gravação digital em formato 24/96Khz. No entanto, por um fenómeno curioso, o que de lá sai, por vezes soa melhor que o próprio lp...talvez porque o som assim digitalizado passa por um conversor DAC do computador para o amplificador analógico. O conversor é um Dac Magic da Cambridge Audio, tendo de permeio um aparelho da M2tech que transforma o som que sai da tomada USB do computador em sinal de 96KhZ. E talvez seja isso que faz a diferença.
O que pode ser meramente ilusório e fruto apenas de um wishful thinking...mas a verdade é que o som me agrada muito, como nunca.
Talvez não... tem razão de ser o DAC ser bom e um bom DAC parece ser unânime que faz toda a diferença.
Não percebo esse M2tech... se o som original é a 44k ou 48k, o que isso faz é o upscaling que o meu Arcam também faz e os DVDs, TVs etc fazem para o video...
Tem algo de mágico, porque eu mesmo percebendo algo de electrónica não entendo como tendo uma determinada informação já digital à partida (à entrada), se acabe com mais informação à saída.
A minha tese (à Pedro Arroja) é que a informação é a mesma, mas tratada de um modo mais de acordo com a forma como realmente ouvimos. Faz sentido isto?...
Quero comprar esse DAC Magic... como utilizador tem algo que o desaconselhe? Ou outro que aconselhe? Esse parece-me excelente qualidade/preço... -- JRF
O m2tech é italiano e é da Hiface ( custa cerca de 100 euros) e compra-se directamente à firma.
A particularidade é que permite ligar à saída usb do computador que não é segura porque mesmo sendo a versão 2.0 ou mesmo a 3.0, provavelmente só permite a saída de sinais com frequência 16bits/44.1KhZ, ou seja a do cd. Por isso mesmo, ligar um Dac Magic directamente ao computador não resultará, como de facto no meu não resultava, porque o Magic continuava a mostrar que o som que saía era a 44.1 KhZ.
Mas com o m2Tech resulta, ó se resulta!
Mas para tal é preciso ir ao site da m2Tech e descarregar um ou dois drives específicos para colocar num software de leitura específico ( o meu é o gratuito Foorbar, mas poderia ser o Media Monkey ou outros).
Depois de descarregar o ficheiro para Windows ( em versão 32 ou 64, é preciso ter atenção), ligar outra vez o Foorbar, com o m2tech ligado ao Dac Magic é...mágico.
E tudo à volta de 100 euros, tirando o tal Dac Magic que custa 300.
Mas por mim, agora se calhar escolheria o novo da Musical Fidelity, a versão 2 do V-Tech acho. Parece melhor e mais barata.
A m2Tech explica como funciona a coisa.
:) interessante........
Um beijinho José
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