quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pilote, nova fórmula.

Os primeiros seis números da nova série, iniciada em Junho de 1974, da revista francesa Pilote.

Em pleno Verão de 1974, no mesmo local que anteriormente, a revista Pilote aparecia modificada. Mais pequena e com uma capa que prometia uma calçada de boas rubricas ( um pavé de bonnes rubriques).
Entre os desenhos dos paralelos, num deles, lá estava Giraud...e por isso lá voltou o desejo de ler outra vez a revista. Desta vez, ainda mais cara, a 45$00, numa época que em Portugal juntava a inflação à carência de divisas que tornava o escudo cada vez mais desvalorizado.
Porém, a periodicidade passara de semanal a mensal o que equilibrava.

Logo no primeiro número dessa nova série, e no seguinte, uma página inteira, mais duas, de desenhos de Gir-Jean Giraud, ainda com esse nome com que assinava os westerns, mas por pouco tempo. Dali a meses, surgiria o heterónimo Moebius e uma nova aventura- A Métal Hurlant, a melhor revista de banda desenhada franco-belga que jamais existiu depois da época dourada dessa expressão artística.

A Métal Hurlant, surgiu nos primeiros meses de 1975, nunca se vendeu em Portugal, pela distribuição normal, porque a revista também não era produzida de modo corrente. Era uma revista fundada por dois ou três desenhadores a que se juntou um empresário e um visionário e que fundaram ainda uma editora: a Humanoides Associés.
Entre os desenhadores, Moebius-Giraud, Druillet e o visionário Dionnet. Durou até final dos anos oitenta e marcou uma época artística na bd. Motto da revista: La machine à rêver.
E, de facto, on rêve, bien sur. Estamos já muito, muito longe das aventuras do Tintin ou mesmo da Pilote,da primeira fase. Veremos a seguir como foi a aventura do metal que grita.

Duas páginas de Gir, na Pilote nº 1 e 3, nova série, em transição para a temática de ficção científica que seria o prato forte da revista Métal Hurlant.


Sem comentários: